Esse novo termo vem sendo usado por profissionais e também por empresas de cosméticos para se referir ao cuidado planejado da pele, tenha ele foco em prevenção, manutenção ou tratamento; entenda.
Um novo termo vem sendo usado entre profissionais da área estética. E ele traduz bem a proposta da estética atual, de cuidar de cada pele de maneira individualizada, personalizada, conforme suas necessidades, olhando para ela de maneira integral e oferecendo cuidado contínuo, que vai adequando às novas exigências que forem surgindo. “É um conceito relacionado à harmonia da pele como um todo, em que a saúde e a beleza cutânea estão intimamente relacionadas, caminhando juntas”, reforça a fisioterapeuta dermatofuncional Luciana Auad, que possui mestrado e doutorado na USP e é professora da Universidade Anhembi Morumbi.
Dito isso, vale fazer um importante esclarecimento: “Gerenciamento da pele não é um termo padronizado, que pode ser utilizado para se referir a um plano específico de tratamento”, avisa a dermatologista Thais Komatsu, professora no curso de medicina da Anhembi Morumbi. O alerta faz sentido, especialmente quando a gente lembra que foi exatamente isso o que aconteceu com a “harmonização facial”, que até hoje é oferecida como sendo um protocolo. Não é. Nunca foi.
Roteiro de cuidado
Thais Komatsu conta que para realizar o gerenciamento da pele é preciso seguir alguns passos importantes. “O primeiro deles é fazer uma avaliação não só da pele, mas do paciente como um todo. Isso inclui entender os vários fatores que influenciam sua pele, e entre os que precisam ser considerados estão a idade, os hábitos de vida, os medicamentos que a pessoa usa, o tipo de alimentação que ela faz, seu padrão de exposição ao sol. Depois, é preciso analisar a pele propriamente dita, lembrando que é necessário garantir que ela esteja saudável e íntegra antes de iniciar qualquer procedimento. Se a pele está reativa ou foi muito agredida, por exemplo, há um grande risco de surgirem intercorrências. Não adianta ser apressado nessa fase inicial, já que a situação pode ficar pior se for mal conduzida”, adverte a médica. Na prática, isso pode acontecer quando se inicia um procedimento agressivo para tratar manchas sem ter feito um preparo prévio da pele. A chance de a mancha ficar mais escura ao invés de clarear é real!
Saúde, equilíbrio e beleza
“O gerenciamento da pele é traçado a partir do diagnóstico que foi feito daquela pele, que vai apontar a necessidade de trabalhar a prevenção, a manutenção ou focar em tratamento e até mesmo em que ordem isso deve ser feito. E, para traçar esse planejamento, a gente precisa levar em conta tanto o cuidado que será realizado na clínica estética quanto o que deverá ser orientado para o home care”, esclarece a fisioterapeuta dermatofuncional Luciana Auad.
Segundo ela, esse plano antecipado permite que o profissional de estética prepare a pele para ter uma condição melhor de receber cada tratamento que será feito, seja um injetável, um peeling, microagulhamento… “Com as células funcionando melhor, com mais equilíbrio, eu tenho mais estímulo de colágeno, melhor síntese de proteínas, uma condição de hidratação melhor, mais elasticidade, menos inflamação, etc. Assim, não só meu tratamento para mancha ou flacidez vai ser mais efetivo, como eu também terei uma pele mais saudável como um todo. E isso vai impactar em um resultado mais rápido, mais efetivo e muito mais satisfatório e harmônico”, conclui. Alguém duvida que o encantamento do cliente também será maior?