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Quiet beauty: tendência inspira e movimenta o Estetika 2025

em 7 de agosto de 2025


Em sua 31ª edição, principal evento de saúde estética da América Latina reuniu debates e soluções para atender à demanda crescente por uma beleza mais responsável e ética

Lipoaspiração, silicone, lifting, peelings químicos. Procedimentos como esses ajudaram a área da estética a crescer de forma impressionante e seguem requisitados. Nas clínicas, nas redes sociais e nos encontros do setor, contudo, há um crescente clamor por mais aceitação, menos imediatismo e mais responsabilidade nos cuidados com o corpo. O quiet beauty, movimento que valoriza a beleza mais discreta e natural, foi o principal motor do Estetika – evento mais importante da área de estética, saúde, beleza e bem-estar da América Latina. A 31ª edição ocorreu de 31 de julho a 03 de agosto de 2025 no São Paulo Expo. Durante os quatro dias, a movimentação foi intensa em todos os espaços. 

“O olhar mais consciente e menos radical no autocuidado é uma grande tendência. Essa transformação no olhar e nas expectativas reforça a importância da graduação, capacitação e reciclagem profissional. Todas as atrações do Estetika 2025 buscaram contribuir nesse sentido com a comunidade da saúde estética”, pontua Patrícia Doria, Show Manager do Congresso e Feira Estetika na GL events Exhibitions, realizadora do evento. 

Atualização também é uma palavra de ordem frente ao retrato do setor. Segundo dados do Governo Federal, o Brasil conta com mais de 350 mil negócios ativos na área de estética e outros serviços de cuidados com a beleza (excetuando cabeleireiros, manicure e pedicure). Do total de CNPJs, 280 mil são microempreendedores individuais (MEI).

“O propósito do evento é facilitar o acesso dessas pessoas às melhores práticas terapêuticas, de atendimento e gestão”, explica Patrícia.  

O quiet beauty não representa um impacto negativo para o setor. Avaliado em US$ 82 bilhões em 2023, o mercado global de medicina estética deve alcançar US$ 143 bilhões até 2030. No Brasil, o faturamento deve saltar de US$ 3,4 bilhões (2023) para US$ 9,8 bilhões em 2030, de acordo com dados da Grand View Research. 

Estética sem bisturi: a virada de chave no cuidado com a beleza 

A busca pela beleza natural e por procedimentos com resultados eficazes, porém menos invasivos, foi protagonista do 3º Simpósio de Harmonização Facial e Corporal, ocorrido no domingo (03). À frente da curadoria científica de um dos dias mais disputados do evento, a cosmetóloga e esteticista Michelle Meleck reforçou que o Brasil está alinhado às principais tendências internacionais da estética.

“Hoje, com 49 anos de idade e 25 de profissão, vejo uma diferença gritante. Antes, mulheres da minha idade chegavam ao consultório com cicatrizes de cirurgia plástica. Agora, elas querem manter sua identidade, sem perder a naturalidade”, declara a especialista. 

A mudança de comportamento é respaldada por dados: em 2024, cirurgias como lipoaspiração, aumento de mama e rinoplastia tiveram quedas de 12,6%, 17,5% e 9,8%, respectivamente. Já o uso de ácido hialurônico e os procedimentos de rejuvenescimento não cirúrgico cresceram 5,2% e 38,9%. Para Michelle, o crescimento exponencial da busca por recursos não invasivos está diretamente ligado à valorização da autoestima e da autonomia feminina.

“A cirurgia pode ser eficaz, mas muitas vezes tira a naturalidade. Hoje, as tecnologias e as técnicas minimamente invasivas são capazes de fazer o tempo parar”, completa. 

A especialista foi responsável por montar uma programação baseada em pesquisa de campo e tendências globais. Entre os temas em destaque, o desejo por peles coreanas e o impacto do emagrecimento rápido, que exige novas abordagens para combater a flacidez sem recorrer ao bisturi.

“Trouxe o que há de melhor no mundo, com respaldo científico, artigos publicados e profissionais que superam até resultados cirúrgicos com tecnologia de ponta.”

Segundo Michelle, a adesão crescente a essas soluções também se explica pela praticidade.

Não existe downtime. A paciente pode fazer o procedimento e seguir com sua rotina normalmente. Comecei em 2000 tendo que importar máquinas que nem existiam aqui. Era o início de uma virada que hoje está em plena expansão”, finaliza Meleck.

Entre os temas em destaque, as peles coreanas (sinônimo de viço, uniformidade e juventude) ganharam um painel exclusivo com a participação de Giovana Freitas, fisioterapeuta dermatofuncional; Renata Grecco, cirurgiã dentista; Rogério Marques, cirurgião dentista e biomédico esteta; e Karine Braga, farmacêutica esteta. Inspirado no skincare asiático e adaptado à realidade brasileira, o encontro apresentou abordagens com tecnologias como laser thulium, radiofrequência microagulhada e CO₂ + erbium para rejuvenescimento, uniformização da textura da pele e tratamento de cicatrizes. 

O 3º Simpósio de Harmonização Facial e Corporal contou ainda com painéis sobre flacidez pós-emagrecimento com Ozempic e Mounjaro, escultura de glúteos com técnicas não invasivas, harmonização facial 5D, redefinição corporal 360°, rejuvenescimento cervical com o NeckPower e a aplicação anatômica avançada de toxina botulínica. A abertura, conduzida pelo Dr. Pedro Ramos, destacou as intercorrências na harmonização. 

Personalização é a chave para o tratamento estético e valorização da pele negra

Tendo abordado a busca pela estética mais natural e consciente em diversas palestras e numa mesa-redonda no seu segundo dia (01/08) – com participações da naturóloga e esteticista Michelly Eggert Paschuino, da influenciadora Patricia Elias, e da farmacêutica Marina Cristofani –, o 31º Congresso Científico Internacional de Estética (Congresso Estetika) trouxe em seu quarto e último dia uma mesa-redonda para falar sobre como cuidar, de forma efetiva e personalizada, da pele negra. O evento foi composto pela Dra. Cristiane Boneta, esteticista e biomédica esteta, Dra. Camila Rosa, dermatologista, e Zarah Flor, esteticista e especialista em pele negra. 

Para Zarah Flor, o tratamento estético em peles negras exige atenção redobrada, conhecimento técnico específico e sensibilidade para lidar com as particularidades dessa pele.

“A maior concentração de melanina, a tendência à hiperpigmentação e a reação inflamatória mais acentuada são apenas algumas das características que tornam indispensável o uso de protocolos personalizados. Produtos inadequados ou técnicas padronizadas podem causar manchas, irritações e danos irreversíveis”, declara a especialista. 

A esteticista e pesquisadora Cristiane Boneta destaca a superação de alguns obstáculos, como o desafio técnico relacionado aos fototipos “A dificuldade técnica sobre fototipos já foi superada. O que precisamos agora é ampliar nosso escopo e aprofundar o conhecimento sobre as manifestações específicas da pele brasileira.”

A diversidade de tons de pele – do fototipo III ao VI – presente em 56,1% da população brasileira, exige protocolos que não apenas respeitem a melanina, mas também compreendam suas reações e desdobramentos clínicos. Na prática, segundo Boneta, as manifestações mais recorrentes estão relacionadas a lesões pigmentares, que podem surgir com padrões diversos e, por vezes, complexos. 

“Atender a pele negra é um desafio, mas também uma responsabilidade. O profissional precisa estudar e compreender as manifestações pigmentares com profundidade para agir com precisão”, afirma Boneta.

A questão da generalização do atendimento à pele negra é bastante recorrente, especialmente no que tange à aplicação indiscriminada de protocolos a todos os fototipos, em detrimento da individualização necessária.

De acordo com a dermatologista, Camila Rosa, “ao abordarmos a pele negra, é imperativo adotar uma perspectiva diferenciada. É fundamental reconhecer suas especificidades e características biológicas inerentes, as quais abrangem tanto os aspectos estéticos quanto os de saúde. Existem particularidades clínicas e distinções que a distinguem singularmente”.

Consequentemente, na abordagem da pele negra, impõe-se uma análise pormenorizada. É imprescindível aprofundar o estudo de sua fisiologia e das manifestações clínicas específicas. A não generalização dos protocolos constitui uma diretriz permanente, pois trata-se de uma pele que não pode ser abordada como as demais, uma vez que suas reações e características divergem consideravelmente.

É essencial, ademais, aprofundar continuamente o estudo da pele negra, integrá-la a protocolos rigorosos em pesquisas científicas e assegurar sua representatividade em estudos e currículos acadêmicos, a fim de garantir um ensino abrangente e qualificado de suas particularidades”, conclui Rosa.

Lipedema,  dolorosa condição que atinge milhões de mulheres 

Outro assunto de destaque no quarto e último dia do 31º Congresso Científico Internacional de Estética foi o lipedema. Trata-se de uma doença crônica, progressiva e de origem multifatorial que afeta quase exclusivamente às mulheres. Estima-se que entre 4% e 16% da população feminina mundial possa ter a condição, o que representa aproximadamente 386 milhões de mulheres no mundo, sendo mais de 10 milhões apenas no Brasil. 

A doença envolve um distúrbio do tecido adiposo que leva ao acúmulo anormal de gordura de forma simétrica e dolorosa, principalmente nos membros inferiores (do quadril aos tornozelos) e, em muitos casos, também nos membros superiores. O quadro é agravado por sintomas como dor (principal), hematomas, inchaço, inflamação e desconforto persistente.

“Por suas características clínicas, o lipedema é frequentemente confundido com obesidade, lipodistrofia, celulite, linfedema ou outros tipos de edema, dificultando o diagnóstico e o início do tratamento adequado”, destacou o fisioterapeuta espanhol Curro Millán, CEO da Lipedema Experts e presidente da Associação Espanhola de Fisioterapia Dermato-Funcional. O especialista comandou uma das palestras mais concorridas do Congresso Estetika.

O médico destaca que, para além do desconforto físico, o lipedema impõe uma carga emocional significativa. Ainda é subdiagnosticado e pouco estudado, mesmo sendo uma doença que afeta tantas mulheres. Isso gera uma grande carga psicológica e social.

Muitas mulheres relatam terem sido julgadas por médicos, familiares e até por si mesmas. O preconceito, a desinformação e a negligência no atendimento tornam a doença ainda mais invisível”, completa Millán.

Ao longo de quatro dias, o 31º Congresso Científico Internacional de Estética ofereceu 28 horas de conteúdo técnico qualificado, apresentados por mais de 25 especialistas nacionais e internacionais. A curadoria educacional é da esteticista, empresária e professora Maria de Fátima Lima Pereira, uma das profissionais mais respeitadas do setor.

Produtos e serviços em linha com o quiet beauty

A Feira Estetika contou com a presença de 200 grandes marcas do setor. Boa parte dos expositores promoveu lançamentos de produtos e realizou demonstrações de equipamentos sintonizados com a tendência do quiet beauty

A MedSystems apresentou o Ultraformer MPT, uma nova categoria de ultrassom com emissão de energia de alta intensidade, promovendo um efeito lifting não invasivo no rosto e no corpo. Por sua vez, a Medical San destacou o Aplicador Lips, dispositivo de ultrassom microfocado para harmonização labial não cirúrgica. Já a Fismatek mostrou em seu estande o ônix Face, equipamento que combina energia eletromagnética focalizada (OF-HEM) e radiofrequência de última geração para rejuvenescimento facial não invasivo.

O quiet beauty também influenciou lançamentos na área de dermocosméticos. A Ellementti, por exemplo, apresentou o Mio Filler, elixir que atua sobre nove tipos de rugas com neuropeptídeos de última geração, oferecendo redução de até 24% na profundidade das rugas, sem uso de injetáveis, em quatro semanas. A marca também promoveu o lançamento do Lip Filler, gloss que oferece efeito volumizador para os lábios graças à combinação de pink pepper, peptídeos bioativos e ácido hialurônico, promovendo hidratação intensa e preenchimento visível sem agulhas. 

Já a Adélia Mendonça Cosmiatria mostrou o Melanophoton Black Mask, máscara fotopotencializadora que combina carvão ativado e tecnologia de autofagia celular para reduzir as rugas finas, firmar e preencher a pele agindo em três etapas, podendo ser utilizada sozinha ou em associação com laser, otimizando tratamentos de pele. 

Outros destaques da Feira Estetika foram participações de marcas mainstream da área de cuidados pessoais, como Dove (Unilever) e L’Oréal Paris. Também esteve pela primeira vez expondo no evento a sul-coreana Aphrodite Threads.

“Achamos ótima a feira. Descobrimos que realmente é um nicho que conhece os nossos produtos e querem utilizá-los. Todos os dias havia uma fila de pessoas interessadas. A qualidade do público foi muito boa também”, declarou Soraya Brandão, gerente de eventos de L’Oréal Paris.

“A estrutura está maravilhosa, o espaço está muito bom, a interação das pessoas foi excelente. Não sei dizer o que não está bom. O público é muito qualificado e as pessoas estão nos fazendo perguntas desafiadoras. Acho isso muito positivo”, comentou Wagner Azambuja, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Dove.

Também atraíram olhares e muitas pessoas, a maioria com celular à mão, presenças VIP como as de Sheila Mello (nos estandes da Cosmobeauty e da Biomarine), Natália Guimarães (na Brascare), Mariana Rios, Joel Jota e Larissa Cieslak (Medical San). 

Workshops gratuitos aos visitantes no Estetika Talks 

Novamente um sucesso na Feira Estetika, o espaço Estetika Talks foi palco de mais de 50 workshops gratuitos ao longo de quatro dias. O público pôde acompanhar palestras que trouxeram conteúdos técnicos e práticas inovadoras voltadas para a estética regenerativa e a saúde da pele.  

No quarto e último dia, destaque para o workshop de Daniela Moleiro, especialista em estética tecnológica, cosméticos e branding Dermato-Estético, com o tema “O que elas querem? Beleza, Harmonização e Prazer com estética íntima feminina”.  

A professora Amanda Dantas apresentou a palestra “Reestruturação cutânea: como manter a saúde e a integridade da barreira da pele”, ressaltando a importância de protocolos que respeitam a fisiologia cutânea. Na sequência, Elisangela Scremin, esteticista e farmacêutica, abordou a ozonioterapia na estética regenerativa, explicando os benefícios terapêuticos dessa abordagem em diferentes tipos de pele. Fechando o ciclo de apresentações, as professoras Cristina Duarte Lepore e Margareth Feres, especialistas em pós-operatório, dividiram suas experiências clínicas na palestra “O pós-operatório na prática: realidade clínica e condutas que transformam”, com foco em estratégias que promovem uma recuperação mais segura e eficaz. 

“Tivemos plateia lotada na maioria dos workshops. O engajamento dos visitantes demonstra que todo o setor, dos estudantes aos profissionais mais experientes, querem aprender coisas novas e ampliar o repertório”, comenta Patrícia Doria, Show Manager do Congresso e Feira Estetika.   

Profissionais destacam atualização na programação técnica do Estetika

 Com uma programação voltada à atualização profissional e às inovações mais recentes da estética, o Estetika gerou impressões positivas entre os participantes da edição de 2025. 

 A esteticista Fabíola Poli, de Guarulhos (SP), que participou do Simpósio, destacou a organização e a qualidade dos especialistas envolvidos.

“A pontualidade foi impecável e os palestrantes são excelentes. Vi muito conteúdo novo, é uma nova visão dos conceitos, para darmos sequência em nossa carreira profissional. Com certeza, estarei aqui de volta no ano que vem”, afirmou. 

Já a farmacêutica Amanda Buttner, de Santos (SP), acompanhou as palestras do Congresso e ressaltou a relevância dos temas apresentados.

“Os conteúdos deste ano estão bem legais. Achei os temas bem atuais e interessantes. Os palestrantes também, em conjunto com o Estetika Talks, estão trazendo muita atualização. Dos temas mais atuais, tudo foi apresentado, não senti falta de alguma coisa que eu estivesse procurando”, comentou. 

Para a esteticista Valéria Santos, que veio do Rio de Janeiro exclusivamente para participar do Congresso Estetika, o evento foi uma oportunidade de ampliar conhecimentos em áreas específicas.

“Fui a palestras que eu gostei muito, pois abriram meu conhecimento, principalmente sobre lipedema. Estou muito satisfeita. Participo todo ano de eventos como esse e já penso em retornar novamente na próxima edição”, contou.

 A próxima edição do Estetika, em 2026, já tem data confirmada: será de 31 de julho a 02 de agosto.

Sobre o Estetika 

O Estetika é o evento mais importante de estética, saúde, beleza e bem-estar da América Latina. Em sua 31ª edição, o encontro reúne um Congresso Científico Internacional, Simpósios, Feira de negócios com 200 marcas do mercado, workshops gratuitos, entre outras atrações. Através do portal Estetika Digital, exclusivo no setor, Estetika oferece uma plataforma de conteúdo técnico, de empreendedorismo e lifestyle, disponível a qualquer momento, complementando as experiências presenciais.  

A realização do Estetika é da GL events Exhibitions, uma empresa da multinacional francesa GL events – um dos principais players do mercado de eventos no mundo, presente em mais de 20 países. Importante catalisadora de negócios com a organização e promoção de eventos B2B e B2C, é responsável pela realização de congressos e feiras representativas em diversos segmentos da economia: Bienal do Livro Rio e Bienal do Livro Bahia, no Mercado Editorial; Brasil Brau, no universo Cervejeiro; Congresso e Feira Estetika, o evento mais importante de Estética, Saúde, Beleza e Bem-estar da América Latina; e ExpoPostos & Conveniência, maior evento do setor de combustíveis e conveniência da América Latina. Atenta às necessidades dos seus públicos, desenvolve produtos que estimulam o contato dos visitantes com as principais tendências e novidades, incentivando discussões de conteúdo relevantes, interação e networking, além da geração de negócios. 

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