As coisas foram acontecendo sequencialmente após o início dos meus trabalhos com a laserterapia em 1999. Num determinado momento lançamos pioneiramente o curso multidisciplinar de Fotobiomodulação. Acumulamos nossa experiência clínica por mais de uma década. Ao longo desse período, tornou-se necessário estudar as patologias tratadas por diversas especialidades.
Há uns 2 anos fui convidado pela esteticista Luísa Freitas para dirigir o Projeto Luz na HS.
A Luísa, com algum conhecimento de Fotobiomodulação (FBM), tendo uma noção de sua importância nesta afecção, me procurou para discutir a viabilidade de executar a FBM.
Confesso que, apesar dos estudos, nunca tinha tomado conhecimento desta patologia.
E, com acerto, o pressuposto da Luísa era viável. A FBM para a HS não era só uma alternativa, mas definitivamente mandatório, considerando o mecanismo de ação da laserterapia e as características clínicas da HS.
O desafio para todas as especialidades envolvidas era chegar à melhor proposta terapêutica para essa doença incurável. Sendo uma patologia de causa incerta, consequentemente, o tratamento, até então, era igualmente dúbio. A diversidade de domínio clínico dos especialistas do grupo, em sua maioria formado por esteticistas, facilitou a criação de novas propostas terapêuticas.
Dúvidas foram sendo sanadas, bem como novas propostas foram incorporadas em busca do protocolo ideal.
HS é uma doença mutilante em todos os sentidos. Ela drena a essência vital de seus portadores, é como um ralo da dignidade humana.
Qualquer abrandamento, por menor que seja, se torna um grande refrigério ao portador.
Como em qualquer patologia, a evolução do quadro é, a priori, o que determina a escolha pelo melhor protocolo.
As terapias são minimamente ou não invasivas, de simples execução e indolores, favorecendo as exigências mínimas do estado da arte da operação clínica dos atendimentos.
Pelo que conquistamos até o momento, temos ciência de que estamos caminhando para um final no mínimo gratificante.
Permitindo Deus, chegaremos lá.
Texto – Dr. Ricardo Trajano
Artigo publicado através dos tratamentos efetuados pelas profissionais do Projeto Luz.
https://mednext.zotarellifilhoscientificworks.com/index.php/mednext/article/view/185.
OZONIOTERAPIA NA HIDRADENITE SUPURATIVA.
A Hidradenite Supurativa (HS) é uma doença inflamatória crônica de pele que afeta principalmente as áreas das axilas, virilhas e nádegas. Ela causa lesões dolorosas e recorrentes, que podem levar a cicatrizes e deformidades. Embora ainda não exista cura para a HS, a ozonioterapia tem ajudado muito a controlar seus sintomas de forma satisfatória e muito eficaz.
A ozonioterapia é uma terapia complementar que envolve a aplicação de ozônio medicinal no corpo. O ozônio é uma molécula composta por três átomos de oxigênio que possui propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e antioxidantes. Quando aplicado na pele afetada pela HS, o ozônio pode ajudar a reduzir a inflamação, matar as bactérias e promover a cicatrização de maneira segura para os portadores da doença. Aqui estão alguns dos efeitos benéficos da ozonioterapia observados no tratamento da HS:
Ação anti-inflamatória: O ozônio é capaz de reduzir a inflamação, um dos principais sintomas da HS. Isso ocorre porque o ozônio é capaz de inibir a produção de citocinas pró-inflamatórias e aumentar a produção de citocinas anti-inflamatórias;
Ação antimicrobiana: O ozônio também tem propriedades antimicrobianas e é capaz de matar bactérias, vírus e fungos que podem estar presentes na pele afetada pela HS. Isso ajuda a prevenir a infecção e a reduzir o risco de complicações;
Melhoria da circulação sanguínea: O ozônio ajuda a melhorar a circulação sanguínea e, assim, aumentar o suprimento de oxigênio e nutrientes para as células da pele. Isso ajuda a acelerar o processo de cicatrização e a reduzir o risco de necrose tecidual;
Estimulação da atividade celular: O ozônio é capaz de estimular a atividade celular e promover a regeneração do tecido. Isso ajuda a reduzir o tamanho dos abscessos e a promover a cicatrização das feridas;
Ação analgésica: A ozonioterapia também tem um efeito analgésico e ajuda a reduzir a dor associada à HS. Isso ajuda a melhorar a qualidade de vida dos pacientes e a reduzir a necessidade de analgésicos.
Em resumo, a ozonioterapia é uma opção terapêutica eficaz no tratamento da HS. Ela oferece uma abordagem não invasiva, segura e sem efeitos colaterais. No entanto, é importante lembrar que a ozonioterapia deve ser realizada por profissionais qualificados e treinados para evitar complicações e garantir a segurança do paciente.
Texto – Dra. Cristina Cardoso