Já ouviu falar em pasta sanitária? Não importa se o seu estabelecimento é pequeno, médio ou grande. Todos precisam ter a pasta sanitária, indispensável para profissionais que atuam com estética
Quando pensamos em regularização sanitária, pensamos em ter o Alvará Sanitário, certo? Porém, isso não é tudo, pois o Alvará Sanitário é apenas um dos documentos sanitários exigidos pela Vigilância Sanitária para que uma clínica de estética possa garantir a segurança, qualidade e eficácia dos serviços oferecidos aos seus clientes. De acordo com a Resolução-RDC n°63/2011 da Anvisa, os estabelecimentos precisam assegurar que os serviços são ofertados com padrões de qualidade adequados. Para isso, essa legislação determina que o estabelecimento deve ter os “procedimentos e instruções aprovados e vigentes”. “Dessa forma, é de extrema importância falarmos sobre a pasta sanitária, ou seja, sobre a organização, planejamento e gerenciamento dos documentos sanitários exigidos pela Vigilância Sanitária e também pelos conselhos de classe”, destaca Juliana Cardoso, farmacêutica, Mestre em Inovação do Ensino em Saúde e sócia-proprietária do Defina Estética, empresa de treinamento e assessoria em vigilância sanitária com mais de 4000 clientes regularizados.
Afinal, o que é pasta sanitária?
A pasta sanitária é essencial para profissionais que atuam com estética, sendo um conjunto de registros e documentos que comprovam a higiene, segurança e cumprimento das normas e regulamentações relacionadas ao setor de beleza e estética, desempenhando um papel fundamental na garantia de práticas seguras e na proteção da saúde dos clientes e dos próprios profissionais. É o local onde você irá descrever e registrar todas as rotinas, atendimentos, processos e procedimentos do seu espaço de estética. “O termo “pasta sanitária” foi criado por mim para facilitar o gerenciamento dos documentos que são verificados pelo fiscal da Vigilância Sanitária dentro dos estabelecimentos. Ao longo dos anos observei que era muito comum o fiscal solicitar, por exemplo, o cronograma da manutenção dos equipamentos ou o registro do controle da temperatura do refrigerador, e os profissionais guardavam os documentos em diferentes locais e, muitas vezes, acabavam não encontrando os documentos solicitados. Logo, a pasta sanitária veio para facilitar a organização e acabou sendo rapidamente adotada pelas vigilâncias sanitárias e pelos próprios profissionais. Tenho muito orgulho disso, pois nossa missão é justamente descomplicar as normas sanitárias para os profissionais”, conta Juliana Cardoso, do Defina Estética, empresa de treinamento e assessoria em vigilância.
Pasta sanitária: o que precisa ter
Juliana Cardoso destaca que uma pasta sanitária completa, para atender às normas sanitárias, é subdividida em 4 categorias:
I. Gestão da Qualidade
II. Segurança ao cliente
III. Gestão da infraestrutura
IV. Gestão de Tecnologias
Pasta sanitária personalizada
De acordo com Juliana Cardoso, é importante ressaltar que a pasta sanitária é individual e personalizada, pois ela abordará as rotinas e processos daquele estabelecimento. “Portanto, não adianta querer copiar a pasta do seu colega, pois o fiscal vai perceber e você poderá não saber responder o que está ali dentro já que não foi feita de forma personalizada para você”, atenta.
Pasta sanitária x Prontuário do cliente
Por fim, Juliana Cardoso deixa a mensagem: “Não confunda pasta sanitária com prontuário do cliente, mas saiba que os modelos dos documentos que fazem parte do prontuário do cliente precisam estar na sua pasta sanitária, como por exemplo a ficha de registro de intercorrência”, conclui.