Cada pele conta uma história — e na estética, aprender a escutá-la é fundamental para alcançar resultados seguros e eficazes
A hiperpigmentação é uma das queixas mais comuns entre pessoas com pele preta. Cada vez mais profissionais vêm defendendo o que já é consenso entre os especialistas: não há espaço para tratamentos padronizados.
“A pele negra tem características únicas, como maior produção de melanina, propensão à hiperpigmentação pós-inflamatória e resposta imprevisível a procedimentos agressivos”, explica Zarah Flor, especialista em pele negra.
A profissional evita ácidos fortes ou peelings profundos e aposta em uma sequência segura com vitamina C e hidratantes, peeling superficial com ácido mandélico, além de manutenção com ácido tranexâmico em sérum noturno.
Protocolos padronizados = erro
Cris Boneta, pioneira no atendimento à pele negra, reforça: “Cada pele negra carrega uma história de ancestralidade, hábitos, microbiota específica e resposta imunológica distinta. Usar protocolos padronizados é um erro comum e perigoso”.
Ela recomenda os lasers não ablativos, como o Thulium, por sua delicadeza e segurança, sempre associados a ativos como niacinamida e vitamina C encapsulada.
Abordagem ampla como diferencial
Na mesma linha, o Dr. João Tassinary alerta que “um dos cuidados mais importantes que se deve ter é não gerar inflamação — principalmente com fontes de calor”.
Nesse sentido, cresce o uso de ativos tópicos suaves e eficazes, como ácido tranexâmico, arbutin, ácido kójico e niacinamida. Esses ingredientes, aliados à fototerapia de baixa densidade, ajudam a controlar a hiperpigmentação com segurança, especialmente em peles de fototipos baixos.
Os nutricosméticos ganham espaço, com antioxidantes que ajudam a prevenir e minimizar a pigmentação causada pelo estresse oxidativo. A tendência, segundo o Dr. João Tassinary, é formar profissionais com uma visão mais ampla — que dominem nutrição, cosméticos e eletroterapia — para oferecer cuidados seguros e integrativos.
Conhecimento técnico, sensibilidade e respeito à individualidade de cada pele não podem faltar no atendimento. Segundo Zarah Flor, “tratar pele negra é respeitar sua história. Cada mancha tem uma causa — acne, sol, atrito — e seu tratamento deve ser tão único quanto quem está na cadeira”.
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