Entenda como essa novidade impacta no trabalho do profissional da estética e como ela favorece o cirurgião plástico e o paciente.
Em março o mercado se surpreendeu com o lançamento de uma linha especialmente desenvolvida para cuidado pré e pós-operatório. Trata-se da Bio-DrenoRedux, da Bioage, que conta com quatro produtos para uso profissional e home care (saiba mais sobre eles abaixo). Outro fato que despertou a atenção foi que os produtos foram criados com a colaboração de duas das mais respeitadas especialistas em pós-operatório, reconhecidas dentro e fora do Brasil: a esteticista cosmetóloga Nany Mota, palestrante e professora de cursos livres de pós-operatório, que acumula mais de 40 mil atendimentos e mais de 8 mil alunos pelo mundo; e Vilma Natividade, esteticista, fisioterapeuta dermatofuncional, professora universitária e doutora em ciência da saúde. Claro que ESTETIKA DIGITAL conversou com elas, e os melhores trechos da entrevista você confere a seguir.
Precisamos mesmo de produtos para pré e pós-operatório?
VILMA: “O número de plásticas no Brasil vem aumentando muito, e a cada dia surgem novas técnicas cirúrgicas. Por isso havia uma demanda por produtos que pudessem ser associados ao taping, hidratassem, tivessem ação bactericida e fossem formulados em veículos mais leves. Afinal, não se pode usar creme em pós e os produtos para drenagem têm consistência oleosa.”
NANY: “Antes a gente fazia um preparo da pele para receber os equipamentos dentro da nossa cabine. Hoje não. Agora precisamos deixar essa pele mais apta, hidratada e com boa elasticidade para as tecnologias que o cirurgião vai usar no centro cirúrgico. Como profissionais, temos que evoluir para atender essas novas demandas da plástica e também dos pacientes, que querem se recuperar de maneira muito mais acelerada do que antigamente, ter menos sensibilidade ao toque e visualizar logo a melhora na coloração da pele. Para isso precisamos de dermocosméticos mais adequados para associar à nossa abordagem terapêutica de modulação da cicatrização, das manchas, da retração da pele, da inflamação”.
Que tipo de produto para pós-operatório você mais sentia falta?
VILMA: “Queria um dermocosmético que combinasse arnica com cafeína e tivesse base de sérum. Isso porque a gente não tinha muito o que fazer nas equimoses além de usar o taping e os fármacos que alguns médicos indicam. Sabemos que sangue na pele é sinônimo de fibrose, e a arnica nanoencapsulada tem ação muito rápida em diminuir a equimose bem como em reduzir as chances de surgir fibroses ou aderências. Também acho importante ter um produto com ácido glutâmico, que ajuda a recuperar a sensibilidade na área operada e melhorar a típica dor ardida depois de uma cirurgia.”
NANY: “O taping fez surgir uma nova profissão na nossa área. Só que ele sensibilizava a pele que já tinha passado pelo trauma da cirurgia. Então, associar ao taping o uso de produtos formulados com ativos anti-inflamatórios e que auxiliam a drenar os líquidos flutuantes ajuda na equimose, na prevenção da hiperpigmentação inflamatória pós-cirúrgica e na melhora da hidratação. Essa, aliás, fundamental, já que o uso da energia no bloco cirúrgico deixa a pele extremamente desidratada três dias após a intervenção.”
Como são os cuidados pré e pós-operatórios?
VILMA: “O objetivo do pré é desintoxicar o paciente, o que pode ser feito com uma boa drenagem combinada com esfoliação física, para diminuir a queratina sem riscar a pele; hidratação, usando máscara oclusiva de ácido hialurônico e argila branca; e melhora do estado circulatório com um sérum com arnica. Já no pós a meta é manter a boa circulação, e normalmente usamos laserterapia para isso; diminuir o edema, com drenagem; reduzir a equimose e, consequentemente, a dor, geralmente usando micro-correntes e sérum com arnica. Em casa a paciente pode adotar um produto calmante, hidratante e reparador se não estiver com taping. Se tiver o ideal é aplicar um sérum, que seca rápido e não tira as bandagens do lugar. Por vezes faço enfaixamento elástico e micro-correntes, que contribui para o edema em membros inferiores e para a dor. Se com o passar do tempo for preciso tratar uma fibrose, uso radiofrequência a partir de 35 dias. Como cada paciente tem uma evolução diferenciada o essencial é a gente não perder o foco nos primeiros 60 dias, tempo que a pele passa por um processo de cicatrização importante.”
Conheça a linha Bio-DrenoRedux, da Bioage:
- Sérum de Tratamento Intensivo – desenvolvido para usar no pós-operatório imediato, tem ação regeneradora, calmante, drenante e anti-inflamatória.
- Fluído de Tratamento Intensivo – para pós tardio em fibrose, aderências, ativos fibróticos e lipolíticos, diminui a hiperpigmentação inflamatória e modula a percepção de sensações desagradáveis.
- Gel Creme Multifuncional – para home care, tem efeito calmante, hidratante e reparador e promove organização micelar mimética do manto hidrolipídico.
- Cicatrix – também para autocuidado, diminui o endurecimento e relevo da pele, melhora sua flexibilidade e a cor das cicatrizes, além de aliviar a dor e a coceira.