A pandemia e todas as mudanças que ela provocou levaram muita gente a repensar atitudes e escolhas, inclusive em relação à forma como encara o espelho e cuida da própria beleza. E, entre as tendências que mais têm ganhado força está a de adotar uma rotina mais leve, por assim dizer, feita com menos cosméticos e menos maquiagem. Essa postura do “menos é mais” tem nome: skinimalismo, uma mistura das palavras skincare e minimalismo, que tem estimulado muitas marcas a lançarem produtos com poucos, porém, bons ativos; e, no caso da maquiagem, o já conhecido make natural. Esse último ganhou mais holofotes recentemente, quando uma competidora do Miss Inglaterra anunciou que irá disputar a etapa final do concurso, em 17 de outubro, de cara lavada. Caso ganhe, ela afirma que representará seu país no Miss Universo também livre de maquiagem. Melisa Raouf, de 20 anos, garante que não se trata de rebeldia nem de busca por likes, mesmo sendo a primeira vez em quase cem anos de história do evento que isso acontece. Mas, sim, de usar a visibilidade que está tendo para defender que as mulheres devem se produzir apenas se sentirem confortáveis, e não por um padrão imposto. “É sobre ter escolha”, disse ela, que é apoiadora do #barefacetrendmovement, o movimento de tendência de rosto nu e que pode ser valorizado com tratamentos estéticos.
Sem make, com tratamentos estéticos
Não faltou gente para aplaudir a atitude de Melisa Raouf, assim como sobrou quem dissesse que se sentir segura estando sem make é tarefa fácil quando se tem 20 anos. A dermatologista Tatiana Mattar discorda. “Com exceção dos casos de problemas cutâneos, dá para manter a pele bonita e saudável fazendo o básico bem feito. Ou seja, usando os cosméticos adequados ao seu tipo de pele e higienizando, hidratando, nutrindo e protegendo-a diariamente. E, para complementar, fazendo procedimentos que ajudem a combater os sinais do tempo e atendam outras necessidades que cada paciente tenha”, resume a médica.
Bonita ao natural
A esteticista Sandra Seabra diz que desde a liberação do uso da máscara tem sentido as clientes muito mais inclinadas a cuidar do rosto todo, e não mais apenas da região dos olhos, que tinha virado foco de atenção por ser a única parte exposta no EPI. “Depois de mais de dois anos sem usar tanta maquiagem, muita gente quer manter essa liberdade, mas sentindo-se bem dentro da própria pele. Só que, pelo menos comigo, isso não significa querer fazer um monte de tratamentos ou um pacote com várias sessões. A praticidade continua sendo essencial para as clientes, tanto que tenho melhor aceitação quando ofereço um protocolo pontual e sem tantas sessões”, conta ela.
A especialista também diz que aumentou significativamente seus atendimentos de limpeza de pele e para outros tratamentos que deixam a pele bonita ao natural – leia-se com a coloração uniforme, bem hidratada, com brilho saudável, poros controlados, aspecto de descansada, livre de inchaço e tonificada. “A ideia é que estou deixando a tela pronta para ser pintada se e quando sua dona quiser. E muitas me dizem que com esses cuidados se sentem confiantes, bonitas e até mesmo preparadas para encarar uma reunião virtual ou um jantar passando apenas um batonzinho e uma máscara para os cílios”, comemora Sandra Seabra, que tem como carros-chefes:
- limpeza de pele;
- hidratação com revitalização;
- drenagem linfática facial;
- tratamento com ácido;
- tecnologias, como radiofrequência;
- ginástica facial.