Entenda os sinais de alerta, como agir e como orientar clientes com segurança
Neste Dezembro Laranja, o Estetika reforça o papel do esteticista como um elo estratégico na prevenção do câncer de pele.
Ao notar sinais suspeitos, a conduta é interromper o atendimento e indicar avaliação dermatológica. A dermatologista Dra. Maria Paula Del Nero orienta o que observar e como comunicar.
Pare e encaminhe
“Existem sinais na pele que não podem ser manipulados no consultório estético. Se o profissional identificar qualquer um deles, o atendimento deve ser interrompido imediatamente”, alerta.
Quando o esteticista deve encaminhar para o dermatologista?
Entre os sinais estão:
- Lesões pigmentadas, novas ou que mudaram;
- Manchas assimétricas, com bordas irregulares ou várias cores;
- Feridas que não cicatrizam;
- Sangramento espontâneo;
- Vesículas de herpes (sobretudo periorais);
- Infecções aparentes;
- Áreas muito inflamadas e descamativas;
- Manchas arroxeadas repentinas, petéquias (pequenos pontos vermelhos) e hematomas extensos.
Lesões benignas x suspeitas: use o ABCDE
Lesões benignas costumam ser simétricas, com bordas regulares, estáveis no tempo e sem sangramento, dor ou coceira persistente. Por outro lado, as lesões suspeitas crescem rápido, mudam cor, formato ou espessura, têm bordas irregulares ou várias tonalidades, superfície brilhante, perolada ou ulcerada e podem sangrar sem trauma.
Aplique o ABCDE: Assimetria, Bordas, Cores, Diâmetro e Evolução. Atenção extra a melanoses irregulares; queratose actínica (“casquinha que não solta”); lesões verrucosas (possíveis verrugas virais); rosácea em crise; dermatite ativa; foliculites extensas; nódulos subcutâneos dolorosos.
Como encaminhar ao dermatologista
Ao acionar um dermatologista, inclua: foto nítida, localização, tempo de aparecimento, mudanças recentes e sintomas.
Com o cliente, comunique com clareza e cuidado. A Dra. Maria Paula Del Nero orienta a seguinte abordagem: “Identifiquei uma alteração e, por segurança, suspendi o procedimento. Recomendo avaliação dermatológica antes de continuar.” Essa postura “demonstra profissionalismo, cuidado e responsabilidade, além de proteger o cliente.”
Hábitos de proteção para reforçar:
- Protetor solar diário com reaplicação a cada 3 horas;
- Chapéu, óculos e roupas com proteção UV;
- Evitar sol entre 10h e 16h;
- Observar pintas e manchas, além de relatar mudanças;
- Desmistificar o bronzeamento (“bronze não é saúde”);
- Incentivar avaliação dermatológica anual — e semestral para perfis de alto risco.
Desse modo, entende-se que o esteticista é fundamental, uma vez que acompanha a pele de perto, o ano todo.
Diante de dúvida, o protocolo é simples. Pare, registre e encaminhe. Essa decisão preserva a segurança do cliente e fortalece a credibilidade de seu atendimento.
Quem já teve câncer de pele pode fazer tratamento estético? Conhecer a resposta para esta pergunta é essencial quando se sabe que o tumor que atinge a pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil e no mundo.