Referências de empreendedorismo feminino mostram como transformar técnica em negócio sustentável que inspira outras mulheres
No 19 de novembro, celebramos mulheres que fazem da estética um caminho de autonomia e impacto.
A partir de duas vozes de referência — Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, e Renata França, criadora de um dos métodos de massagem mais reconhecidos do mundo — reunimos aprendizados práticos para tirar ideias do papel, posicionar a marca e liderar com propósito.
Por que empreender na estética
Para Ana Fontes, a beleza e o bem-estar são portas de entradas por conta da alta demanda, afinidade com o cuidado e possibilidade de começar com investimento enxuto.
O salto, porém, exige sair da “técnica pela técnica” e assumir a visão de negócio: posicionamento claro, público definido e proposta de valor consistente.
Como virar a chave?
Ana Fontes lista barreiras frequentes: falta de gestão financeira (fluxo de caixa, precificação e métricas), acesso a crédito, presença digital pouco estratégica, sobrecarga de funções e informalidade. A resposta passa por capacitação contínua, rede de apoio e formalização para destravar crescimento e parcerias.
Marca, educação e liderança
“Para mim, o empreendedorismo sempre foi uma forma de transformar propósito em impacto real. A educação é o alicerce da autonomia, cada curso é um convite para que essas mulheres se tornem donas de suas próprias histórias e negócios”, diz Renata França.
Empreender em um setor majoritariamente feminino também desafia estereótipos: unir técnica, gestão e sensibilidade constrói marcas sólidas e multiplicadoras.
Impacto que vai além do espelho
No atendimento, há transformação social a partir do acolhimento e da inspiração para clientes e equipe. Formalizar o negócio e abrir espaço para outras mulheres amplia renda, pertencimento e cidadania.
“O impacto vai além da estética superficial, pois está ligado à autoestima, à identidade, à presença, à saúde emocional”, afirma Ana Fontes.
Para começar (e crescer)
- Posicione-se: defina nicho, experiência e proposta de valor.
- Organize as finanças: precifique com custos, lucro, reinvestimento e acompanhe indicadores (retenção, ticket, CAC).
- Formalize-se: CNPJ abre portas para crédito e parcerias.
- Construa presença digital com coerência: branding pessoal, conteúdo útil e funil simples para conversão e fidelização.
- Invista em educação: técnica mais gestão; a liderança nasce do conhecimento aliado ao propósito.
- Crie rede e mentore outras mulheres: negócio vira centro de oportunidades no bairro/comunidade.
O ponto de virada
Para Renata França, o ponto de virada ocorre quando a profissional reconhece que seu trabalho vai além da estética e envolve cuidar de pessoas: “Empreender com propósito e excelência transforma vidas, gerando renda, autonomia e autoestima — especialmente para mulheres que buscam novas oportunidades”.
Formalizar o negócio de estética é mais do que uma questão burocrática, é um ato de empoderamento. “Ao se posicionar como empresária, a profissional mostra que a beleza é um setor estratégico da economia, capaz de gerar renda, autonomia e transformação social, rompendo ciclos de desigualdade e fortalecendo a economia feminina”, finaliza Ana Fontes.
Quer dar o próximo passo? Leia sobre como começar na estética com pouco investimento.