Procedimento com laser oferece ação direcionada e ganha força quando associado a cuidados tópicos
A onicomicose exige atenção redobrada, sobretudo nos casos em que o fungo provoca o espessamento da lâmina ungueal, parte dura e visível da unha formada por queratina.
O laser surge como aliado porque atua de forma localizada, alcançando áreas onde cosméticos tópicos falham, sem os efeitos sistêmicos dos antifúngicos orais.
Como afirma o Dr. Ademir Leite, pós-graduado em medicina estética, “a onicomicose é uma das queixas mais frequentes nos consultórios médicos e também nos espaços de estética.”
Por que incluir o laser no protocolo
Segundo o médico, “enquanto os antifúngicos sistêmicos podem apresentar riscos de hepatotoxicidade, interações medicamentosas e exigir longos períodos de uso, o laser atua de forma localizada, atingindo diretamente a área acometida sem comprometer outros órgãos.”
Além disso, a intervenção em consultório, em número limitado de sessões, costuma favorecer a adesão do paciente.
Como o método age no fungo
O mecanismo é térmico e seletivo, pois “os equipamentos utilizados em onicomicose emitem luz em comprimentos de onda específicos, geralmente na faixa do infravermelho próximo. Essa energia luminosa é absorvida pelas estruturas do fungo, transformando-se em calor”, explica o médico.
Esse aumento de temperatura “leva à desnaturação de proteínas essenciais, ao comprometimento da integridade da membrana celular e à destruição de hifas e esporos”, preservando tecidos adjacentes quando o equipamento é configurado adequadamente.
Para quem dá mais resultado
De acordo com o especialista, os melhores desfechos aparecem em quadros iniciais a moderados, com poucas unhas acometidas e porções saudáveis de lâmina ainda presentes.
Em casos extensos, o laser segue útil, mas “geralmente precisa ser combinado a outras abordagens para alcançar bons resultados clínicos.”
Cuidados que fazem diferença
No preparo, higienização, retirada de esmaltes e, se necessário, desbaste mecânico facilitam a passagem da luz. No pós, é importante ter disciplina, manter os pés secos e ventilados, calçados higienizados, com trocas de meias regulares.
Como reforça o médico, “os cuidados pré e pós tratamento têm papel determinante no sucesso terapêutico.”
Combinações inteligentes
O laser “se encaixa muito bem dentro de protocolos integrativos.” Associá-lo ao desbaste/microabrasão melhora a penetração; aplicar antifúngicos tópicos depois da sessão aproveita a maior permeabilidade; e, em acometimentos amplos, a combinação com antifúngicos orais pode acelerar o controle.
“O laser não substitui completamente os tratamentos tradicionais, mas representa uma ferramenta terapêutica moderna e eficaz quando utilizada de forma estratégica e personalizada”, finaliza.
Para se atualizar sobre tecnologias e protocolos que estão movimentando o setor, conheça as principais diferenças e vantagens entre o Ultraformer III e o Lavieen.