Nem sempre para sempre: por que os fios permanentes dividem opiniões entre os profissionais da estética
Fios de sustentação prometem redefinir contornos faciais e melhorar a firmeza da pele sem cirurgia. Mas quando se trata dos modelos permanentes, as promessas de longa duração devem ser analisadas com cautela.
Para o especialista em harmonização facial Dr. Luiz Paulo Borges, que já utilizou fios permanentes em sua prática clínica, essa tecnologia exige reflexão, principalmente pelas limitações que impõe ao planejamento estético no médio e longo prazo.
“Eu deixei de usar os permanentes há um tempo. Um dos motivos são as expectativas do paciente, pois ele pensa que a sustentação é para sempre; outro é impossibilitar outros procedimentos futuros, como, por exemplo, o ultrassom microfocado em camadas mais profundas, se houver indicação”, explica o profissional.
Cada caso é único
Ainda que os fios permanentes possam parecer vantajosos pela durabilidade estrutural, o Dr. Luiz Borges alerta que eles não suspendem o envelhecimento:
“Mesmo que permanentes, nunca vão promover um efeito duradouro — nem lifting cirúrgico promete. Continuamos envelhecendo”, afirma.
Por isso, o mais importante é alinhar as expectativas de quem busca esse tipo de tratamento. Segundo ele, os fios permanentes podem ser considerados em casos muito específicos.
“É mais indicado para pacientes de idade mais avançada, com mais de 60 anos. Mas quando tem flacidez exagerada, o ideal é corrigir a flacidez primeiro. Quando a face é muito pesada, o melhor é diminuir o peso, com lipoaspiração, bichectomia, etc.”, explica.
Planejamento e responsabilidade
Mesmo em protocolos que não envolvem fios permanentes, o Dr. Luiz Borges enfatiza que o planejamento deve ser sempre individualizado, com atenção redobrada à técnica e ao tipo de fio utilizado:
“Aplicar a técnica no plano correto, usar um bom material e fazer as associações corretas também. Hoje, gostamos de trabalhar em múltiplas camadas.”
Por fim, ele reforça que todos os procedimentos estéticos, dos mais simples aos mais avançados, devem seguir rigorosamente os cuidados éticos e legais, uma vez que “isso nunca deve mudar para nenhum procedimento”, alerta.
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