A evolução da categoria é acompanhada pela busca de reconhecimento e segurança
A profissão de esteticista tem ganhado cada vez mais reconhecimento no Brasil. Com a Lei nº 13.643/2018, que estabeleceu diretrizes para o exercício profissional, a categoria conquistou mais segurança e credibilidade. No entanto, desafios como a falta de um conselho próprio, a necessidade de fiscalização eficiente e a defesa das atribuições da profissão ainda exigem atenção.
Regulamentação para esteticistas
Para Márcia Larica, presidente da Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos (Anesco), o esteticista tem um papel essencial na promoção da saúde e bem-estar, indo muito além dos cuidados estéticos:
“O esteticista é um protagonista, o único profissional que estuda profundamente, em toda a sua grade curricular, o maior órgão do corpo humano e suas alterações inestéticas: a pele”.
A regulamentação fortalece a profissão e oferece maior credibilidade para os esteticistas no mercado. Segundo Márcia Larica, a Anesco tem atuado ativamente para garantir que os profissionais tenham seus direitos assegurados:
“Estamos muito próximos de um marco histórico: atualmente, temos duas Propostas de Indicação para a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Estética. Assim que essas indicações forem concluídas e encaminhadas ao Presidente da República, acreditamos que a sanção será uma grande vitória para os esteticistas.”
Desafios jurídicos e a atuação da Anesco
O setor ainda enfrenta desafios significativos na defesa da profissão. O Dr. Frederico Carvalho, assessor jurídico da Anesco, destaca que a falta de um conselho próprio dificulta a fiscalização adequada e a defesa dos interesses dos esteticistas:
“Sem um conselho específico, a profissão fica vulnerável a fiscalizações abusivas e restrições indevidas impostas por órgãos que extrapolam sua competência.”
A Anesco tem atuado judicialmente para contestar essas medidas. Além disso, o Dr. Frederico Carvalho reforça que há decisões judiciais favoráveis aos esteticistas, reconhecendo sua qualificação para a realização de técnicas como intradermoterapia, sem a necessidade de supervisão de outros profissionais da área da saúde, conforme assegurado pela Lei 13.643/2018.
Capacitação e profissionalização
Para Maria de Fátima, esteticista e curadora do Congresso Estetika, a qualificação e a atualização constante são fundamentais para o sucesso na área:
“O cliente busca um profissional qualificado, que possa informá-lo com argumentação científica, conhecimento de anatomia, fisiologia e cosmetologia. A formação contínua é essencial para atender essa demanda.”
Ela reforça que o esteticista não apenas melhora a aparência de seus clientes, mas também contribui para a autoestima e o bem-estar:
“Muitas vezes, o ambiente de atendimento de um esteticista funciona como um refúgio, onde o cliente pode desfrutar de um local agradável, o que possibilita que por algumas horas este cliente saia de sua rotina habitual. A relação envolve um vínculo de confiança, oferecendo apoio e espaço para o compartilhamento de inseguranças.”
Abaixo, selecionamos conteúdos especiais para quem deseja se tornar um profissional cada vez mais capacitado e em dia com as regulações do setor: