Entenda quem é esse profissional, como é sua formação e atuação e por que o mercado está de portas abertas para ele.
Entre as diversas especialidades que sempre participam do Congresso Estetika, na última edição do evento chamou a atenção a forte presença de biomédicos estetas. Aproveitando o interesse pela área e o fato de que em 20 de novembro se comemora o Dia do Biomédico, conversamos com especialistas para entender como se tornar um profissional. “É preciso cursar quatro anos de faculdade, de onde o aluno sai com o diploma de bacharel em biomedicina e pode atuar em mais de 30 áreas de habilitação, entre elas análises clínicas, acupuntura, imagenologia e reprodução assistida. Somos profissionais a serviço da saúde”, resume a professora da Universidade Anhembi Morumbi, Ana Luiza Palma. “A grade curricular envolve conhecimentos sobre biologia humana, fisiopatologia, diagnóstico e terapêutica aplicados na área biomédica”, completa a biomédica esteta e professora da Universidade São Judas, Ana Gabriela Urbanin Batista de Lima, mestranda no programa de pós-graduação em fármacos e medicamentos da USP. “No fim do curso, o estudante realiza 660 horas de estágio obrigatório e a área na qual ele realizou será a área habilitada para atuar no mercado de trabalho”, diz a professora da Anhembi Morumbi.
Como se tornar biomédico esteta
Para isso, a professora Ana Luiza Palma diz que há dois caminhos: “Caso você já seja um biomédico formado e não habilitado nessa área, é preciso realizar uma pós-graduação em biomedicina estética e incluir o pedido da habilitação pagando uma taxa no CRBM, sigla para Conselho Regional de Biomedicina. Outra possibilidade é realizar os quatro anos de curso em biomedicina e, ao terminá-lo, realizar as 660 horas de estágio obrigatório em uma clínica que trabalhe com procedimentos estéticos, faciais e corporais”.
Atuação
Uma vez habilitado, a professora da São Judas diz que o biomédico esteta pode atuar como responsável técnico (RT) em empresas que executam atividades para fins estéticos, prestando assistência e orientando a sociedade em relação à saúde estética. “Na prática, é permitido realizar procedimentos invasivos não cirúrgicos e injetáveis, como preenchimento labial, bioestimulador de colágeno e aplicação da toxina botulínica, além de tratamentos corporais com o uso de laser, LED, rejuvenescimento íntimo e aplicação de enzimas para combate de gordura, entre outros”, descreve Ana Luiza Palma.
Biomedicina ou estética
Muita gente não sabe no que o biomédico esteta se difere do profissional que é graduado em estética. A professora Ana Gabriela esclarece: “O biomédico devidamente habilitado em estética pode realizar procedimentos semi-invasivos e não-cirúrgicos. Já o bacharel em estética e cosmética pode atuar na área da beleza, tendo formação em procedimentos faciais e corporais, visagismo e terapias complementares, fazendo uso de técnicas como limpeza de pele, eletroterapia básica e avançada, drenagem linfática, massagens, cosmetologia, peelings e terapia capilar, dentre outras, mas sem fazer uso de procedimentos semi-invasivos”. Ela completa: “O profissional que é graduado em estética e deseja se graduar também em biomedicina pode fazer isso com menos tempo de faculdade e mediante uma análise curricular, na qual as disciplinas cursadas e a cursar serão avaliadas para possível equivalência entre elas”.