A técnica vem sendo utilizada com sucesso para realizar procedimentos guiados, otimizar resultados e prevenir complicações.
O uso do ultrassom dermatológico na estética é algo relativamente novo, por isso há tantas dúvidas a respeito, entre elas se o exame é feito com o aparelho de ultrassom comum. “É sim, entretanto, o transdutor deve ser de alta frequência, no mínimo 15 MHz, para adquirir imagens com profundidade, alta resolução e bom detalhamento. Esse nível de informações faz com que o exame seja um poderoso aliado para mapear a face, os lábios e até a região dos olhos antes de realizar procedimentos estéticos e para monitorar como os produtos e substâncias aplicados estão se comportando no pós-procedimento. Para ter ideia, alguns tipos de ácido hialurônico podem ser vistos um longo período após serem injetados”, exemplifica a médica radiologista Luciana Zattar, especialista na técnica e autora do livro Ultrassonografia dermatológica, publicado pela editora Manole.
Múltiplos usos
Diversos procedimentos estéticos podem ser realizados com o auxílio do ultrassom dermatológico. “Por mostrar com precisão as camadas da pele, ele é superútil para orientar a colocação dos fios de colágeno nos locais corretos, de forma segura e eficaz. E, ao permitir ver a espessura cutânea, a quantidade de colágeno e a qualidade da pele, dá para usar o ultrassom dermatológico até mesmo para acompanhar os efeitos dos bioestimuladores de colágeno – tanto em relação ao progresso gerado pelo tratamento quanto para identificar possíveis complicações”, diz a radiologista Luciana Zattar.
Segundo a médica, o ultrassom dermatológico capta inclusive os tecidos moles abaixo da superfície da pele, identifica a posição dos vasos sanguíneos e a presença de preenchedores anteriores. “Isso não só ajuda a guiar a injeção do ácido hialurônico nos lábios, como previne resultados exagerados”, completa ela.
Praticidade total
Outras vantagens que têm favorecido a adesão ao ultrassom dermatológico incluem o fato de haver versões portáteis do aparelho, que podem ser facilmente levadas para diferentes locais; e do exame ser indolor, dinâmico, não usar contraste nem expor o paciente à radiação. “Isso vale para todas as possibilidades de uso, como diferenciar os tipos de preenchimentos utilizados, identificar lesões na epiderme, na derme, nas unhas e tumores, apontar a localização destes danos e gerenciar o envelhecimento cutâneo ao apontar o impacto da passagem do tempo na pele, como alterações em sua espessura ou no volume dos coxins de gordura”, lista a radiologista Luciana Zattar. Com tudo isso dá para entender porque profissionais e pacientes dizem se sentir mais seguros e confiantes ao realizar tratamentos estéticos que contam com o apoio do ultrassom dermatológico.