O papel do profissional da estética na manutenção da saúde como um todo tem sido amplamente discutido. Como há sessões de tratamentos estéticos que acontecem toda semana, o contato entre ele e o paciente é maior do que com um médico. Por isso, é possível que esse profissional observe a situação daquela pele com mais frequência. No atendimento, ele pode perceber problemas antecipadamente que vão desde dermatites até o câncer de pele.
O câncer de pele é a doença mais grave que pode ser percebida e há motivos para manter-se sempre alerta. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, ela é causada, principalmente, pelo excesso de exposição ao sol sem proteção e provoca o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.
O Instituto Nacional do Câncer registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele. Os tipos mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, chamados não melanomas, e suas chances de cura são muito grandes quando diagnosticados rapidamente. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo.
O profissional da estética e a prevenção do câncer de pele
Os profissionais que atuam na área da saúde, podem ajudar na prevenção do problema. Em primeiro lugar, é preciso estar atento aos sinais, manchas ou pintas e se basear no teste ABCDE (veja mais na imagem abaixo) para entender a evolução do problema.
Pode se notar desde uma pequena mancha ou uma ‘feridinha’ na pele, até um nódulo. É possível que sejam avermelhadas ou escuras, e podem ou não sangrar.
Em caso de suspeita do câncer de pele, o profissional não deve manipular ou tentar tratar a lesão, pois além de modificar e atrapalhar o diagnóstico, pode aumentar o risco de metástase. Portanto, ao desconfiar do problema, a regra é evitar quaisquer tratamentos naquela região.
Se houver a hipótese do câncer, o ideal é orientar o paciente a procurar, o mais rápido possível, um dermatologista. A única prática que precisa ser mantida é o uso do filtro solar. Outra dica é redobrar a atenção sempre nos atendimentos. Procure observar as pintas de seus pacientes, em todos as consultas, verificando se são irregulares ou se são lesões que nunca cicatrizam.
A orientação geral do dia a dia na prática clínica para o profissional é: sempre fale aos seus clientes sobre a importância do uso do protetor solar e de roupas e chapéus que protejam a pele dos raios UVB/UVA, além de indicar os horários mais perigosos do sol e recomendar a realização constante do autoexame.
Fonte: Casa da Estética (01/12/2017)