Mesmo seguindo à risca o treinamento oferecido pela empresa de aparelhos estéticos, há profissionais que não atingem os resultados esperados. Se este é o seu caso, veja onde você pode estar errando.
É natural que toda empresa que comercializa equipamentos de estética ofereça treinamento para quem compra tais aparelhos. Mas, se essa é uma prática comum, por que nem todo profissional de saúde estética consegue atingir os mesmos resultados, com alguns ficando muito aquém do esperado? “Cada empresa tem suas peculiaridades, mas, regra geral, os treinamentos são focados na fisiologia da terapia e nos estudos científicos que demonstram esses efeitos. Ou seja, o profissional de saúde estética vai compreender tudo sobre a tecnologia e saber mais sobre a programação do equipamento para cada objetivo terapêutico”, esclarece a fisioterapeuta Michele Nishioka, coordenadora do departamento de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Ibramed.
Ela completa dizendo que algumas empresas, como é o caso da Ibramed, possuem parcerias com instituições de ensino e custeiam bolsas de iniciação científica. “Dessa forma, temos cada vez mais publicações e informações sobre as terapias e conseguimos transferir informações fidedignas para os profissionais”.
Tratamento estético personalizado
Mesmo com equipamentos de estética oferecendo programas pré-estabelecidos testados e aprovados nas mais variadas situações, atualmente a personalização dos tratamentos estéticos, pensados exclusivamente para cada paciente, com base em suas necessidades e desejos, é um dos pontos altos das clínicas de estética para atrair clientes. “Para auxiliar os profissionais de estética a personalizarem os tratamentos de seus pacientes, o treinamento oferecido pela empresa costuma abordar como cada parâmetro interage no tecido, por exemplo, e o que a mudança de frequência interfere no tratamento, potência ou energia. Com o conhecimento de cada parâmetro mais uma avaliação correta, o profissional consegue fazer uma personalização de qualquer terapia e em qualquer paciente”, afirma a fisioterapeuta Michele Nishioka.
7 motivos que interferem nos bons resultados em estética
Com base em tudo o que foi dito, ESTETIKA pediu à fisioterapeuta Michele Nishioka que listasse alguns dos fatores para o profissional de saúde estética não obter excelência nos resultados, mesmo seguindo à risca o treinamento recebido pela empresa do equipamento estético; confira:
1. Boa formação em saúde estética. “A formação do profissional, ou seja, a graduação e a pós-graduação vão ser importantes para que o profissional de saúde estética tenha os primeiros contatos com a tecnologia e obtenha o conhecimento sobre a terapia e os benefícios dela”, diz a coordenadora do departamento de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Ibramed.
2. Indicação correta do equipamento estético. “A disfunção estética do paciente deve ser compatível com o foco principal de tratamento do equipamento. Em outras palavras, a indicação do paciente tem que estar de acordo com os efeitos fisiológicos que a terapia oferece. Daí a importância de realizar uma boa avaliação antes de decidir qual equipamento estético será utilizado”, reforça a fisioterapeuta.
3. Atentar para as partes do corpo ou rosto que vão receber o tratamento estético. “Muitas vezes a área do corpo que o paciente deseja melhor não é a única que deve ser tratada para que ele tenha bons resultados. Isso acontece com quem se queixa de gordura localizada no abdome inferior. Para melhorar essa região, é necessário realizar usar o equipamento para tratar todo o abdome anterior”, exemplifica Michele Nishioka.
4. Conhecer todas as funções da máquina de estética. “É importante compreender o que cada parâmetro oferecido pelo equipamento de estética influencia no tecido corporal. Só assim para conseguir utilizar tais parâmetros para alcançar resultados personalizados e ideais”, diz a especialista.
5. Associação de equipamentos de estética. Segundo Michele Nishioka, geralmente o paciente possui mais de uma disfunção estética, como flacidez de pele e gordura localizada ou celulite e flacidez muscular. “Nesses casos, pode ser necessário associar mais terapias para um resultado mais completo”, lembra ela.
6. Olhar além do problema estético apontado para o paciente. “É de extrema importância pensar no paciente como um todo em vez de focar o olhar no local em que ele aponta ter um problema estético. Digo isso porque muitas vezes estamos fazendo todo o tratamento corretamente, mas a pessoa está numa fase de bastante estresse, o que aumenta os níveis de cortisol, que pode diminuir o metabolismo e estimular o apetite, prejudicando os resultados do tratamento”, alerta a fisioterapeuta.
7. Colaboração do paciente faz toda a diferença no tratamento estético. “Para a maioria dos tratamentos estéticos é importante que o paciente colabore com alguns cuidados no pré e no pós-procedimento. Quem faz, por exemplo, um tratamento facial para manchas ou melasma precisa utilizar protetor solar diariamente para um resultado duradouro, assim como outros tratamentos que também necessitam da ajuda do paciente. Algo que todo bom profissional de estética reforça em seus atendimentos”, finaliza Michele Nishioka.